terça-feira, 23 de novembro de 2010

Caroline ~ A noividade lá da escola sou eu !

Capitulo 4

-Bom dia! - Saudou o meu pai afastando os cortinados da janela. Puxei os lençóis e encolhi me ficando numa bola redonda tapada. - Vá! Não te esqueças que a vida continua.
Esperei que saísse e depois adormeci ... só mais cinco minutos.
Voltei a abrir o olhos e olhei para o relógio.
-Oh meu Deus! - Gritei.
Saltei da cama e vesti me as pressas. Já nem sequer me dava ao trabalho de ver o que levava comigo. Desci a escadas em três em três e cheguei a hall. Peguei na mala já feita e corri para fora de casa. A minha barriga resmungava por comida, mas não havia alternativa. Corri para a paragem e entrei logo no autocarro. Caminhei ofegante até a última fila e sentei me. Esperei uns vinte minutos e já via a minha habitual escola.
O autocarro parou na paragem cento e dezoito e sai. E tal como esperava lá estavam todos os meus amigos a minha espera. Esperando que a pobre coitadinha sai se do autocarro e me dirigi se a eles, abalada, triste, perdida... Não quero ser a pobrezinho que perdeu a mãe ! E não irei ser! Como diz o meu pai ... a vida continua.
Dirigi me a eles determinada mente e saudei os.
Montes de abraços, beijinhos, perguntas de como eu estava e blah blah blah. Mas eu não queria saber. Nada daquilo iria trazer a minha mãe de volta.
A campainha tocou e os grupos que estavam espalhados pela escola formaram se num só e foi todo ao molho e fé em Deus para as respectivas salas. Agora tinha uma psicóloga que me acompanhava uma hora por dia. O que tinha de fazer era mais ou menos isto: sentar me numa cadeira, encara la, ouvir as perguntas e responde las. Desabafar será o termo melhor. Entre o dialogo haverá algumas lágrimas e blah blah blah blah.
Fechei o cacifo com toda a minha força e caminhei para a sala de aula. Caminhava furiosamente. Que sentimento mais idiota de se ter. As pessoas deviam me olhar me como uma rapariga maluca. Aquela que perde a mãe ... e fica furiosa. Nos tempos normais para alguém normal, deveria reagir numa forma, como ei de dizer. Desfalecida, sem forças para continuar. Mas eu queria continuar. Não era a perda de alguém que me ia matar. Eu sei que sou mais forte que isso ...
Estava tão furiosa que fora tudo demasiado rápido. Como uma colisão, choquei contra o aluno que vinha na direcção contraria a que eu vinha. Embati nele e tudo o que estava nas nossas mãos espalhou se pelo corredor.
-Olha para onde andas! - Resmungou.
Olhei o furiosa e apanhei os meus pertencentes.
-Olha tu! - Quase que tinha lhe gritado, mas agora não importa já me tinha ido embora.
Entrei na sala e sentei me no meu lugar. Conformo a estúpida da planta da miss. directora.
Abri o caderno e passei o que estava no quadro.
-Posso entrar? - Pediu educadamente um rapaz.
O professor concedeu lhe o pedido e ele sento se ao meu lado. Olhei o pelo canto do olho e voltei as minhas coisas.
-Já pedias desculpa! - Disse.
Olhei o admirada.
-Porquê?
-Por isto! - Tirou um trabalho de uma capa qualquer e mostrou me. Deixou suspenso no ar, um trabalho todo amolgado e sujo, que em tempos tinha sido uma boa composição.
-O quê que eu tenho a ver com isso?!
-Estas na lua? - Perguntou me ironicamente. - Acabas te de vir contra mim, falas te me mal e depois é assim?
Voltei atrás no tempo e relembrei o seu rosto, o momento em que chocara contra ele. A vergonha foi me aparecendo a cada momento que reflectia sobre o acontecimento.
-Desculpa. - Sussurrei lhe.
-Tanto me faz! Isso não faz remendar o trabalho. - Disse desiludido.
Meteu o trabalho de novo na capa e tirou os cadernos. Sentou se e ficou o resto da aula calado. No fim ainda tive a coragem de lhe perguntar.
-Como te chamas?
-Andrew. - Disse.
-Desculpa Andrew! - Olhei o. - Não foi com intenção.
-Okay ! - Ele fechou o caderno e olhou me também. - Tu deves ser a Caroline.
-Sim. Como sabes?
-Eu ouvi o ...
Ele não chegou a acabar a frase e ficamos calados. Finalmente a aula acabou e todos nós saímos.

1 comentário:

  1. olha, afinal só me faltava ler este capítulo :)
    adorei, Catarina ^^ e quem é o Tiaguinho? vai haver amor úú (a)

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