sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Caroline ~ Brincar as escondidas?

Capitulo 5
- Terra chama Caroline. – Chamou me a professora de matemática gesticulando a minha frente. Como se estivesse mesmo a dormir, acordei dos meus sonhos num sobressalto e  encarei-a.Por de trás das minhas costas alguns se riam a toa outros simplesmente lamentavam.
-Desculpe! – Disse rebaixando a cabeça. A professora voltou ao quadro e começou a rabiscar uns cálculos que não fazia a menor ideia do que poderia ser. Nunca demos aquela matéria. Isso eu tinha a certeza!
-Shara. – Chamei. – Matéria nova?
-Caroline, a stora já tinha anunciado esta matéria logo no inicio da aula. – Ela olhou me com cara de espanto e continuo a escrever. Todos têm os seus momentos. Aquele era o meu momento de esquecer o que me rodeava e voar até a lua sem interrupções da minha querida professora de matemática. Nem acreditava que tinha perdido muito tempo a pensar nas unhas, no cabelo, na roupa, nos rapazes … em tudo menos no tempo que passara com ela. E Deus, fosse lá quem fosse, tinha a levado para o além. A chova corria sobre os telhados da escola pingando gota a gota, chegando ao chão e cobrindo o num vasto tapete de agua. Um percurso igual ao meu. Formava se no olhos gotas de choro escorrendo pela minha pele, pingado pela minha cara gota a gota, acabando nos lençóis da minha suposta cama.
-Caroline. – Chamou me Shara. Ela abraçou me delicadamente. – Não é justo o que te aconteceu. Não é nada justo! – Disse ela num lamurio.
-Porquê que não é justo?! – Perguntei-lhe. – Afinal a vida tem sempre um fim, seja para quem for. Ela olhou me nervosa e arrumou as suas coisas.
-Vamos comer? – Sorrio-me.
-Acabamos de almoçar. – Avisei-lhe metendo as minhas coisas na minha mala.
-Eu sei. – Sorrio. – Mas tenho fome!
Olhei confusa e ela voltou me mais uma vês a sorrir-me.
-Okay. - Saímos da escola e metemos nos pelas ruas até chegar a Piriquita.
-Quem têm fome para um travesseiro? – Perguntou. – Eu! Pegou num travesseiro exposto numa travessa e entregou o dinheiro ao homem do balcão.
-Era um sumo de laranja natural. – Pedi.
Ela dirigiu se a esplanada lambendo se no seu travesseiro.
Sentei me junto a ela e foi observando a enquanto comia.
-Ve la se os teus olhos não te caiam ! – Avisou me rindo-se da sua própria piada.
-Sabes tinha saudades destes momentos, Shara. – Confessei.
Ela deixou o travesseiro cair no prato que estava a sua frente e desvio o olhar.
-Tens andado distante. – Disse. – É só isso …
-Caroline. – Pronunciou. – Desde que mudei para Sintra, e tenho estado com a minha Tia, têm sido uma confusão, eu preciso de algum tempo.
-Porque não me contas? – Inclinei-me mais na sua direcção.
Ela abanou a cabeça em sinal de negação e voltou a atacar o bolo.
-Eu já volto. – Levantou-se da mesa e dirigiu-se a casa de banho.
Tirei o caderno da minha mala discretamente. Abri na pagina dois e escrevi melancolicamente.
“ O que me andas a esconder Shara … ? “

2 comentários:

  1. estou a ver que tenho perdido muito por aqui...
    andas a escrever aos quilos e não me dizes nada, páw? ó a sério, desculpa não vir aqui muitas vezes, mas é que os testes estão a dar cabo de mim --' mas hoje finalmente fiz o meu último teste, yupi! ó yé :) e recebi um 18,2 a filosofia úú eu penso muito, hã? ;b hihi
    adorei o capítulo, mas tenho que ir ler os outros, vou agora mesmo, prometo e deixo um coment em todos, sim? perdoas-me? vá lá :c

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